CONSTRANGIMENTO E ALÍVIO
- Eduardo Barbosa

- 13 de mar.
- 2 min de leitura
Mais sorte que juízo na classificação gremista

As primeiras fases da Copa do Brasil, disputadas em jogo único, são uma armadilha tenebrosa para os grandes clubes. Tu jogas fora de casa e o empate leva aos pênaltis, aumentando as chances de um resultado inesperado. A probabilidade de fracasso aumenta quando o teu time escreve perfeitamente um roteiro de erros. A lógica da noite indicou a eliminação, a Imortalidade, com doses gigantescas de sorte, nos deu a classificação.
A estratégia adotada para o confronto começou errada quando Gustavo Quinteros promoveu mudanças importantes na equipe. Não se poupa titulares em partidas tão decisivas. O Grêmio já vinha de atuações confusas e inseguras. Colocar em campo outra escalação diferente fez o Grêmio flertar fortemente com o vexame.
Volpi foi o protagonista de duas classificações nervosas, tem o histórico, já comprovado aqui no Tricolor, de ser um exímio pegador de pênaltis. E mesmo assim foi preterido por Gabriel Grando. João Lucas mostrou que é insuficiente. Qual motivo para a não escalação de Igor Serrote? Tu já tens a má atuação garantida com o João Lucas, o que resta, na ausência de João Pedro, é testar o guri que é destaque da Seleção Brasileira Sub-20. Compreendo que o técnico está aqui faz pouco tempo e que os principais reforços chegaram faz menos tempo ainda. Porém, diante de adversários fracos, é inadmissível a péssima qualidade do nosso futebol. Eu ainda sou contra a demissão do Quinteros, acredito que o time tem potencial de crescimento, mas ele precisa ser fortemente cobrado.
Está faltando humildade ao técnico. Ele não tem em mãos o elenco para jogar adiantado, deixando todo o sistema defensivo exposto. Nós levamos praticamente o mesmo gol em várias oportunidades nas últimas semanas. Bola longa nas costas dos volantes, o lateral sai desesperado para cobrir, o rival cruza para a área, onde os zagueiros estão fora de posição, e os gols adversários acontecem com naturalidade.
Isso acontece porque o argentino atua com um esquema em que adianta a marcação até o último terço. Como este time ainda não tem o entrosamento e nem a velocidade necessária para este tipo de jogo, ficamos totalmente expostos. A classificação nos trouxe alívio, mas deixou inúmeras preocupações. Gustavo Quinteros tem poucas horas para estancar a crise defensiva e fazer um clássico digno neste domingo. Oremos!









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