Entregamos o Octa na Arena

O Grêmio de Quinteros tem a obrigação de evoluir

Foto: Grêmio Oficial

Competitividade. O clássico Gre-Nal, historicamente, é ganho pelo time mais competitivo. Obviamente que as questões técnicas, táticas, bem como a postura e o talento dos jogadores são essenciais nos enfrentamentos. Mas, quando falamos de uma rivalidade centenária como a do nosso Estado, a competitividade é o fator primordial. Acredito no futebol proposto e nas ideias de Gustavo Quinteros para o Grêmio. Na final do Gauchão, no entanto, ele cometeu um erro grave. Falha também que divido entre ele e a presidência do Clube, que poderia ter uma conversa com o técnico para o planejamento desta decisão que poderia nos dar o octacampeonato.

O trabalho ainda é recente, os novos reforços chegaram não tem vinte dias. Tudo isso, dito pelo técnico na coletiva deste domingo, é verdade. Porém, faltou inteligência e leitura do nosso contexto gaúcho. A primeira partida na Arena era extremamente decisiva para definir o campeão, o que de fato aconteceu. O placar da ida selou o título do rival.

Na Arena, diante de 50 mil torcedores, o Grêmio, ainda sem o entrosamento necessário, teria que escalar um time mais competitivo. Foi para cima sem nenhuma responsabilidade, ficou exposto e pagou os pecados por essa ousadia juvenil. A missão ali era chegar vivo para o jogo da volta. Tivesse escalado a equipe com a mesma essência do que foi no Beira Rio, povoando o meio de campo, amarrando o adversário, teríamos grande chance de conquistar o Estadual.

A aula de competitividade ficou para o último jogo do campeonato. Diante de um Beira Rio lotado e que ansiava um título gaúcho após longo jejum, o Grêmio teve postura e competitividade. Pena que foi tarde demais. A perda do Gauchão após ganhar SETE campeonatos seguidos não pode gerar uma crise, mas é preciso que crie um alerta. Agora, com tempo até a estreia no Brasileirão, o Grêmio de Quinteros tem a obrigação de evoluir.